O ambiente escolar é um campo fértil para a aquisição e construção de novos conhecimentos,de inserção nas esferas da atividade social. É nesse contexto que, hoje, a escola dispõe de recursos tecnológicos e pode ser o elo de integração entre o educador e o texto numa tela, “o que não muda em nada o fundo da questão. Trata-se ainda de leitura”, como afirma Pierre Lévy em seu livro Educação e Cybercultura.
Portanto, o que se pretende com este projeto é colocar, para o professor, o compartilhamento da técnica, a possibilidade de uma prática, de construir um espaço, mesmo que seja fractal, para o domínio e o uso de novas tecnologias, que enriqueça, desta forma, seu campo de ação: o repasse do saber.
Mudanças estão ocorrendo. Navegar é preciso. É indispensável que o educador afaste-se da tradição secular, arrisque-se ao desconhecido, que esteja aberto à realidade cultural de nosso tempo, seja um pouco como Dona Benta de Lobato “sempre atenta ao que se passa no mundo, possua cultura invejável e não se escandalize com a tecnologia” (LAJOLO, (2002. p. 57).
O professor não deve se intimidar diante da rede, que, palavras de Pierre Lévy (2001, p. 26), “traz ao redor de si uma ramificação infinita de pequenas raízes, de rizomas, finas linhas brancas esboçando por um instante um mapa qualquer com detalhes delicados, e depois correndo para desenhar mais à frente outras paisagens de sentidos”.
Parodiando Oswald de Andrade
“Aprendi com meus filhos de 19, 17 e 16 anos
Que o computador é a descoberta da criação,
Das coisas que nunca fiz”.